segunda-feira, março 26, 2007
sábado, março 03, 2007

Ordem: PSITTACIFORMES Família: Psittacidae Distribuição e
Habitat : Encontram-se em algumas zonas da região central e sudoeste do Brasil, no Nordeste do Paraguai e no Leste da Bolívia. Vivem na orla de florestas húmidas das terras baixas, em savanas com palmáceas (do género Mauritia) e florestas de galeria, estando a sua distribuição estreitamente relacionada com a presença do número restrito de espécies vegetais de que se alimentam.
Identificação:Medem cerca de 100 cm de comprimento, sendo as maiores representantes das araras e dos psitaciformes, em geral. Não existe dimorfismo sexual, mas as fêmeas são usualmente mais pequenas do que os machos. A plumagem tem cor azul-cobalto. Apresentam pele de cor amarela na base da mandíbula inferior e na zona periocular (em torno dos olhos). O bico é cinzento, tal como as patas. As patas são zigodáctilas (têm dois dedos virados para a frente e dois dedos virados para trás; em geral, as aves apresentam três dedos virados para a frente e um para trás).
Hábitos:Vivem, normalmente, em casais ou em pequenos bandos. São aves muito ruidosas. Podem realizar grandes movimentos dispersivos sazonais, em função da disponibilidade alimentar.
Dieta:Alimentam-se dos frutos de um conjunto relativamente restrito de palmeiras da sua área de distribuição, embora possam, eventualmente, ingerir frutos de outras plantas e até caracóis.
Reprodução: A época de reprodução decorre de Julho a Dezembro. Nidificam em ocos de árvores, nas zonas húmidas, e em escarpas, no Nordeste brasileiro. A postura é de dois ovos (por vezes três), cuja incubação dura 27 a 30 dias e é realizada apenas pela fêmea. As crias são altriciais (totalmente dependentes dos pais durante os primeiros tempos de vida) e, normalmente, apenas uma cria sobrevive, em cada ninhada. Os juvenis abandonam o ninho com 105 a 110 dias de idade.
Estatuto de conservação e principais ameaças:Esta espécie tinha estatuto de vulnerável, mas foi recentemente classificada como em perigo (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Apêndice I da CITES. A captura ilegal para o comércio nacional e internacional de aves de cativeiro reduziu o seu número para apenas 3000 indivíduos, entre 1970 e 1990. Nos anos 1990, iniciaram-se vários projectos relativos à conservação da espécie (educação ambiental, ecoturismo, fornecimento de caixas-ninho, etc.). A captura ilegal e a destruição dos locais de nidificação continuam a manter incerto o futuro desta espécie. A população total em estado selvagem está, actualmente, estimada em menos de 10 000 indivíduos, com tendência a decrescer.
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